Queridos leitores, que Jesus seja amado por todos os corações!
Gostaria de tratar neste artigo sobre algo que, infelizmente, vemos e presenciamos muito nos dias de hoje: os abusos litúrgicos nas celebrações da Santa Missa.
Primeiramente, quero trazer para vocês o sentido etimológico da palavra “abuso”.
“Abuso”, vem do latim abusus, que é a ação ou efeito de abusar. Significa fazer um uso incorreto, excessivo, injusto, impróprio ou indevido a algo ou alguém. E neste caso estamos falando de abuso de direito, que é quando é realizado de forma contrária à da sua própria finalidade e que acarreta, neste caso, em prejuízo litúrgico.
Portanto, abusos litúrgicos vêm a ser toda e qualquer forma de descaracterização da plena Liturgia e que sai das normas litúrgicas próprias do rito latino, ainda que tal abuso seja algo já difundido e pareça algo normal ou inclusive litúrgico.
“Ainda que o julgamento sobre a gravidade dos atos seja feito conforme a doutrina comum da Igreja e as normas por ela estabelecidas, são considerados sempre objetivamente como atos graves os que colocam em perigo a validez e a dignidade da santíssima Eucaristia” (Instrução “Redemptoris Sacramentum”, 173).
De qualquer maneira, é preciso evitar todo abuso; e nenhum abuso pode ser considerado de pouca importância ou irrelevante, mas evitado e corrigido com diligência.
Os abusos não são um assunto de pouca importância, porque, se começamos a permitir que eles ocorram, o que pode acontecer com as coisas que deveriam ser feitas e não são?
Se os abusos são cometidos “com boa intenção”, o que falta é consultar os documentos eclesiais para recordar o porquê da observância das normas. A liturgia é igual para toda a Igreja e precisa ser conhecida.
Não existe uma liturgia pessoal nem regional, nos aspectos essenciais; portanto, qualquer fiel tem direito de expor uma queixa devido a um abuso litúrgico, primeiro diante do bispo diocesano ou do ordinário correspondente; e convém que a reclamação ou queixa seja feita sempre com caridade, objetividade e veracidade.
Já dizia Dom Armando Bucciol, bispo de Livramento – BA e presidente da Comissão de Liturgia da CNBB: “ninguém é dono da liturgia, mas seu servidor”. “Bastar viver com intensidade e autenticidade a nobre beleza do rito liturgia latina que nós celebramos”, completou.
Por isso, abramos o nosso espírito à Liturgia de Cristo, única, exclusiva e imutável.